sexta-feira, maio 29

Correio Popular e os Falsários

Acabei de postar sobre o filme e peguei a edição de hoje do Correio, que justamente fala sobre o filme. Saíram das páginas as seguintes palavras:
"O [filme], ganhou, inexplicavelmente, o Oscar de filme estrangeiro do ano passado e a única explicação para tal prêmio é o fato de Hollywood ser dominada por judeus."
Ficou claro que o João Nunes não gostou tanto assim do tema e do assunto. Achou que a sequência de cenas foi batida e o filme é quase todo um repeteco do que já vimos ad nauseum em outros filmes sobre o holocausto: dilemas morais, cenas de atrocidades "as velhas palavras de ordem", entre outras coisas. Pergunta porque não podemos falar sobre outras atrocidades (Lenin, Stalin, Mao)? Claro que a mente pequena não consegue abstrair de uma realidade e transpor para outra. Será que as cenas de atrocidades e os dilemas morais China ou na União Soviética, ou ainda na Turquia (Armênios) ou Rwanda, não se relacionam com a problemática do holocausto.

Não há dúvida que existem um grande número de judeus trabalhando em Hollywood. Só judeu vai ao cinema? Ou alguém acha que Hollywood faz filmes por razões ideológicas, somente? Não se preocupe – Hollywood sabe explorar a miséria de todos. Quando "A Vida dos Outros", um filme alemão, ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro, o lobby judaico se eximiu de votar contra os opressores históricos? É ainda assim com estes argumentos totalitários e simplistas que "o lobby judeu" que controla Hollywood pode ser um mesmo "lobby judeu" que controla nossos bancos. Irônico, quando isso é falado na mesma resenha de um filme sobre o holocausto, não?

Vou começar um novo lobby - pra mim também chega de filmes que mostrem a realidade brasileira e procurem razões para nossa miséria. Não há mais nada para explorar. Vamos explorar a miséria dos outros.

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